sexta-feira, 17 de junho de 2011

TERRACAP E FEIRA DO PARAGUAI

Exclusivo: A FARSA DA VENDA DA FEIRA DO PARAGUAI - Parte 2

Nesta semana o Blog Brasiliaemoff irá publicar uma série de reportagens que complementam a história da “FARSA DA VENDA DA FEIRA DO PARAGUAI”, promovida no governo de José Roberto Arruda e que envolve vários personagens de um negócio milionário e de muitos interesses.


 
Em abril passado o Brasiliaemoff postou a primeira matéria sobre o assunto (veja AQUI). Agora estamos com um conjunto de documentos e imagens, que demonstra ter havido uma trama para que o terreno, onde fica a Feira dos Importados, fosse parar nas mãos de apenas 23 cooperados da COOPERFIM, presidida pelo senhor Absalão Ferreira Calado, o Sólon, como gosta de ser chamado.

Para que o negócio se concretizasse e sem riscos, o governador Arruda fez questão de orientar todos os passos da compra e venda do terreno. Para isso determinou a seus subordinados que direcionassem a licitação para a “vitória” da COOPERFIM. A Ceasa, a TERRACAP, o BRB e a Procuradoria do Distrito Federal foram peças chaves na engenharia da farsa.

Veja agora o vídeo, gravado por feirantes, durante a solenidade de entrega da Feira à COOPERFIM, ocorrida no dia 14 de maio de 2009, em que o governador ARRUDA, no palanque ao lado de Paulo Otávio e Absalão Calado, faz gesto como se estivesse cobrando din-din (dinheiro) de alguém à sua frente.
video

A DGL, empresa de empreendimentos imobiliários, concorreu na licitação e ofereceu, na abertura das propostas, R$ 47.550.000,00, o melhor preço de compra, efetuando o depósito exigido de 5% da caução. Já a COOPERFIM propôs pagar apenas o valor mínimo estipulado pela TERRACAP e depositou apenas 1% do valor da caução. A empresa de propriedade do senhor Dogival Galdino Lima Filho briga, até hoje, na Quinta Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, contra a TERRACAP pelo direito de ser declarada vencedora do certame. Suspeita-se que por trás da DGL tem gente graúda interessada no negócio.

A COOPERFIM, por sua vez, que diz representar os interesses dos feirantes, tem se tornado uma organização de atitudes suspeitas. É detentora de uma milícia armada dentro da Feira; atua como fornecedora de energia elétrica, com poderes para desligar e religar a energia dos boxes inadiplentes; semana passada, foi flagrada pela Receita e Polícia Federal guardando material contrabandiado; e o seu presidente tem fortes ligações com políticos da cidade. No passado, Absalão andava com Roriz, Arruda e Paulo Otávio. Hoje, é figurinha carimbada nos palanques e camarotes do governador Agnelo Queiroz (veja foto ao lado, ele no camarote do governador na Festa de Pentecostes em Taguatinga).

Além disso, a COOPERFIM conta com a ajuda do advogado José Carlos de Matos, filiado ao PDT e assessor do senador Cristovam Buaque, e do atual administrador de Samambaia Risomar de Carvalho, que às vezes se faz de secretário das Assembléias da organização.

Para os feirantes comuns, não há garantias de que estão pagando um negócio próprio. Tudo leva a crer que apenas os 23 dirigentes da COOPERFIM são os verdadeiros donos da Feira dos Importados e que o negócio foi recheado de mistérios.


AMANHÃ mostraremos parte da solenidade de entrega da Feira dos Importados à COOPERFIM, em que o governador Arruda conta aos feirantes os detalhes de sua engenharia para que a licitação fosse direcionada aos interesses do GDF e da Cooperativa.

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