quarta-feira, 22 de junho de 2011

GIM ARGELLO, MARCOLA E AGNULO - UMA QUADRILHA NO GDF!

Governador Agnelo Queiroz e Senador
Gim Argello com as mãos no cofre da ANVISA
Por Mino Pedrosa
 

Laudos, pareceres e perícias, encomendadas por Agnelo Queiroz na ANVISA, revelam um grande esquema de corrupção com superfaturamento em desfavor da Agência criada para proteger o consumidor na área da Saúde Federal. Os documentos mostram como opera o senador Gim Argelo, (PTB-DF) usando seu testa de ferro Marcos Pereira Lombardi, empresário com o maior patrimônio pessoal imobiliário de Brasília, conhecido como Marcola.
A cena do crime se passa na sede nacional da ANVISA, em Brasília, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) , trecho 5, lote 200, Área Especial 57, mais o acréscimo de invasão de uma área pública.
 Agnelo em março de 2006, deixa o Ministério dos Esportes, para disputar o Senado pelo PC do B, bancado pelo atual senador Gim Argelo (PTB-DF) e seu testa de ferro Marcola. Para viabilizar a parte financeira da campanha eram necessários alguns acordos. O presidente Lula abre as portas da ANVISA para Agnelo que começa a montar um esquema de mudança de endereço do prédio da W 3 Norte, visando desviar recursos da ANVISA para custear sua candidatura.
 
Surgem os personagens da trama, através das empresas PREMIUM PARTICIPAÇÕES LTDA, criada em 20/9/1999, por Marcos Pereira Lombardi e Luciana Montanaro Lombardi, e ATRIUM ASSESSORIA E CONSULTORIA IMOBILIÁRIA LTDA, criada coincidentemente na mesma data, por Fernando Costa Gontijo, sócio diretor da VIA ENGENHARIA, responsável por 80% das obras do GDF, e André Luis Lemos, sócio da CONTRATA, uma das grandes imobiliárias da Capital Federal, situada na Asa Norte. Em resumo, Marcos Pereira Lombardi, vulgo Marcola, é sócio da JCGontijo, uma das maiores empresas construtoras do país. 
JC Gontijo, Ana Maria e Gim Argello   Luciana e Marcos Lombardi, o Marcola  
     
Agnelo é derrotado por Roriz nas eleições de 2006 para o Senado e assume a ANVISA em outubro de 2007. O atual governador do DF, à frente da ANVISA na ocasião, se empenhou em manter a mudança do prédio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para o SIA, contrariando todos os pareceres da Controladoria Geral da União (CGU).
Entra em campo, Jorge Afonso Argello. Criado em Taguatinga, cidade satélite do Distrito Federal, bacharel em Direito e trabalhando com a corretagem de imóveis, Gim Argello, vulgo o Gato, foi eleito deputado distrital em 1998 e reeleito em 2002, foi presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal entre 2001 e 2002.
Filiado ao PTB em 2005, nas eleições de 2006 foi eleito primeiro-suplente na chapa de senador de Joaquim Roriz. Quando Roriz renuncia em 4 de julho de 2007, para fugir da cassação, Gim assume o terceiro posto de senador do Distrito Federal em 17 de julho do mesmo ano, pelo PTB.
O senador responde a um inquérito no Supremo Tribunal Federal por apropriação indébita, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Gim Argello enriqueceu grandemente desde que entrou na política do Distrito Federal, tendo seu patrimônio alcançado um bilhão de reais em 2009.
A pedido de Lula, Renan Calheiros (PMDB-AL) lutou para salvar Gim Argello da cassação. O senador mal havia esquentado a cadeira, já corria o risco de perder o mandato através do Conselho de Ética. Gim foi salvo por Agnelo e Lula. Mas soube retribuiu o gesto de Agnelo, quando foi criada a Comissão  Parlamentar de Inquérito que apurava irregularidades com ONGs na gestão de Agnelo no Ministério dos Esportes. O senador enterrou a CPI salvando o governador do DF de um dos maiores escândalos envolvendo verba pública.

Neste momento, Agnelo trabalha fortemente nos bastidores da ANVISA para concretizar a venda do prédio de Marcola, no SIA, diga-se de passagem, área não destinada a prédios públicos, para o Governo Federal. Pareceres milionários foram expedidos pela Caixa Econômica Federal, mas não deixaram a “turma” satisfeita. Foram contratadas empresas particulares, que chegaram a dobrar o valor do imóvel cotado inicialmente, já superfaturado pela Caixa, em R$ 93 milhões.
A cotação do prédio da ANVISA no SIA, feita por empresas particulares contratadas por Marcola, chega a R$ 174 milhões. Mas o empresário, testa de ferro de Gim Argelo, já sinalizou que aceita fechar o negócio por “apenas” R$ 151 milhões.
Enquanto Agnelo não fecha o negócio para Gim Argelo, Marcola vem recebendo R$ 840 mil de aluguel por mês. A CGU – Controladoria Geral da União, bate de frente com eles. Mas pelo visto, Agnelo vai conseguir embolsar com a sua “turma” os milhões dos cofres da ANVISA. Os técnicos demonstram que desde o início do contrato a turma da rapinagem atua sem lei.

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