domingo, 10 de julho de 2011

MENSALÃO E O CHEFE DA QUADRILHA

FRASE DO DIA
Ficou comprovado, sem sombra de dúvida, que José Dirceu agiu sempre no comando. (...) Era, enfim, o chefe da quadrilha.
Roberto Gurgel, procurador-geral da República, sobre o escândalo do mensalão

MENSALÃO DO PT EXISTIU PARA PGR

Gurgel: mensalão é ‘agressão a valores

democráticos’

Folha
Pressionando aqui, você chega à íntegra das alegações finais que o
procurador-geral da República Roberto Gurgel levou ao processo do
mensalão.
Do cabeçalho à conclusão, a peça ocupa 372 folhas. Recomenda-se
vivamente o desperdício de um naco do fim de semana na leitura do
documento.
Gurgel anota que as provas reunidas nos autos não deixam dúvidas
quanto à “existência de uma quadrilha”.
Sustenta que “o grupo agiu ininterruptamente no período entre janeiro
 de 2003 e junho de 2005”.
Afirma que a cúpula do PT e seus comparsas criaram “um engenhoso
 esquema de desvio de recursos de órgãos públicos e de empresas estatais”.
O objetivo “era negociar apoio político ao governo no Congresso, pagar
dívidas pretéritas, custear gastos de campanha e outras despesas do PT”.
Até aqui, dizia-se que a caixa clandestina de Marcos Valério, braço
 operacional do mensalão, movimentara R$ 55 milhões. Gurgel eleva a cifra:
“Além do desvio de recursos públicos, os dados coligidos demonstraram
que a quantia de R$ 75.644.380,56, obtida dos bancos Rural e BMG…”
“…Foi entregue à administração do grupo liderado por Marcos Valério e ao
próprio PT, sob o fundamento de ‘pseudo’ empréstimos, sendo aplicados no
esquema ilícito”.
O procurador-geral qualifica o grão-petê José Dirceu como “chefe da quadrilha”.
 No item número 56 do documento, Gurgel esvreve:
“Ao assumir o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, em janeiro de 2003,
José Dirceu passou a ter como missão a formação da base aliada do governo
 dentro do Congresso…”
“…Mais do que uma demanda momentânea, o objetivo era fortalecer um
projeto de poder do PT de longo prazo…”
“…Partindo de uma visão pragmática, que sempre marcou a sua biografia,
 José Dirceu resolveu subornar parlamentares federais, tendo como alvos
preferenciais dirigentes partidários de agremiações políticas”.
Mais adiante, no item 63, Gurgel soa categórico: “…As provas coligidas
 no curso do inquérito e da instrução criminal comprovaram, sem sombra
 de dúvida…”
“…Que José Dirceu agiu sempre no comando das ações dos demais
 integrantes dos núcleos político e operacional do grupo criminoso.
Era, enfim, o chefe da quadrilha”.
Gurgel mantém contra Dirceu a acusação da prática de dois crimes:
formação de quadrilha e corrupção ativa.
Pede aos ministros do STF que imponham a pena máxima a Dirceu.
Na improvável hipótese de ser atendido, o réu puxará uma cana de
111 anos.
Quanto a Marcos Valério, os crimes cometidos são formação de
quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Gurgel
pede, veja você, 527 anos de cana.
Exceto por Luiz Gushiken, cuja absolvição Gurgel recomenda, todos
os outros réus –37, incluindo Dirceu e Valério— receberam pedidos
de condenação.
Para o procurador-geral, o mensalão foi a “mais grave agressão
aos valores democráticos que se possa conceber”. Por quê?
“No momento em que a consciência do representante eleito é
 corrompida em razão do recebimento de dinheiro, a base do
regime democrático é irremediavelmente ameaçada”.
O documento do chefe do Ministério Público será analisado pelo
 relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, em agosto, quando
 o STF voltar do recesso.
Os advogados dos réus terão 30 dias para apresentar suas alegações
 finais. Na sequência, Joaquim redigirá o voto que será levado ao
plenário do tribunal.
Não há prazo para o julgamento. Estima-se que começará entre o final
de 2011 e o início de 2012. Vai consumir vários dias. Descerá à crônica
 do Supremo como o mais longo julgamento da história.
- Siga o blog no twitter.
Escrito por Josias de Souza às 07h21

Agnelo, o autodidato sem nota

Inércia de quem prometeu um Novo Caminho frustra o senador Cristovam;
governador prefere aliar-se a inexpressivo deputado em detrimento de
quem o carregou nas costas

O senador Cristovam Buarque (PDT) está desgostoso com Agnelo Queiroz (PT).
Provocado a falar sobre a administração petista no Distrito Federal, ele
silencia. Quando solicitado a dar uma nota, se esquiva. "Agnelo não
é meu aluno", justifica Cristovam. E acrescenta: "Ao contrário, ele
quer se afastar ao máximo. Só dou nota a alunos".

As palavras de Cristovam, postadas no Twitter, têm sabor de
melancolia. Não que o senador esteja passando por um surto
psiquico-depressivo, mas o que se observa é que há um
misto de angústia e desprezo por Agnelo. O senador faz
lembrar a definição de Freud para um estado melancólico:
a ausência que dói.

Ausência de governo, de pulso firme; a inexistência de
respeito, do fraco que não reconhece que foi carregado
 nas costas para fazer-se forte. É esse tipo de
sentimento que Cristovam nutre hoje por Agnelo.
Essa é a mínima interpretação que se faz quando se lê
 e se ouve o senador quando o assunto é Agnelo,
um aluno sem rendimento, e consequentemente, sem nota.

Sem um professor, Agnelo aposta no fenômeno do aprender
 sózinho. Um autodidata. Mas, sem um mestre que lhe indique
 o verdadeiro caminho a seguir, o governador, como a
maioria dos autodidatas, enfrenta dificuldades no processo
 de aprendizagem. Passa o carro na frente dos bois e é
atropelado por quem vem atrás. E submerge no ostracismo
que se imaginava imune.

Não é apenas a inércia do governo que prometeu um
Novo Caminho que frustra o senador pedetista. Cristovam,
ex-ministro da Educação de Lula, é hoje o brasileiro mais
 em evidência nesse campo. A educação está para
Cristovam como já esteve para Darcy Ribeiro e
Paulo Freire. Mas nem isso Agnelo reconhece.

Na formação do governo, Agnelo Queiroz preteriu
indicações de Cristovam Buarque para as secretarias
 da Educação e do Trabalho. O governador optou por
 
 aliar-se a um inexpressivo deputado distrital de primeiro
 mandato, eleito com as bandeiras do PDT, que lhe garante
 um voto na fisiológica base da Câmara Legislativa.

Aluno relapso, Agnelo tem sido comparado ao médico (que é)
 que não sabe romper o cordão umbilical dos males que o
cercam. Ele confia nos 676.394 votos que recebeu no
primeiro turno. Mas esquece que Cristovam, como senador,
teve 833 mil 480 votos.

Magoado, constrangido, mas sempre emitindo os
sinais de um ideal positivo. É esse o Cristovam
Buarque que se lê no Twitter. Um Cristovam que
 não guarda rancor, mas que sabe dar a volta por
 cima. Paciente, ele espera 2014 chegar, quando
pretende enfrentar Agnelo nas urnas, numa disputa
 fratricida que pode detonar a esquerda candanga.

Portanto, se o outro lado vencer a disputa pelo Palácio
do Buriti nas próximas eleições, só Agnelo perderá.
Porque Cristovam, que não é autodidata, terá mais
quatro anos de mandato no Senado.

Fonte: Blog do José Seabra

QUEM SERÁ? VOCÊS SABEM?

TERRACAP: SUSPEITAS RONDAM DIRETOR

Publicado em 07/07/2011 por Donny Silva
Oriundo do BRB, apadrinhado de
conhecido deputado federal e secretário no GDF, certo deslumbrado, inquieto e
arrogante diretor da Terracap tem chamado atenção de leigos, secretárias, colegas,
MP e polícia!
Na Terracap, manda e desmanda na atual gestão, segundo informações de funcionários
 comissionados e concursados. E não é só isso: Ultimamente, o tal diretor tem feito
constantes viagens à Miami (EUA) e até adquiriu, em espécie, uma cobertura em Águas
Claras. Certamente não foi com o salário que recebe da empresa…
Pelo visto, o assunto não vai passar em branco

CADÊ AS PROMESSAS DE CAMPANHA SEU AGNULLO

Nas masmorras do novo caminho

11:30:44

foto: Google Imagens

Um desabafo de horror vivido por uma cidadã ao ser atendida no Hospital Regional do Guará,
revela a que ponto chegou o desrespeito com a população que necessita de atendimento na
rede de pública de saúde do Distrito Federal.

Enquanto os governantes tentam enganar a população com declarações de que o serviço de
saúde prestado é do País das Maravilhas, advogada relata em carta aberta ao Governador Agnelo
CADÊ AS PROMESSAS dos Santos Queiroz Filho o Inferno de Dante que viveu ontem.




Fonte: Lídia Maria Morais Lacerda / Redação

CHICO VIGILANTE E SEUS ENCONTROS NEBULOSOS

Um encontro ENGEBROSO

18:18:46

foto: Chico Vigilante, Lettieri e Lima Simões (uma sombra do PT)

Quarta-feira, 06 de julho de 2011, 15h40min, no SDS, o deputado Chico Vigilante,
 de camisa social branca e calça de cor preta, foi visto saindo dos porões do
Conic com um sorriso estampado no rosto, olhando para os lados. Segundos
depois, logo atrás, sai da toca o senhor José Lima Simões, atual diretor de
segurança de trânsito do DETRAN-DF. Vigilante se dirige ao estacionamento,
pega o seu carro e vai embora. Minutos depois, outra figura conhecida do
trânsito de Brasília aparece na cena. Trata-se de Deverson Lettieri, que
também foi diretor de segurança de trânsito no governo de José Roberto
Arruda. Lima Simões e Lettieri conversam por longos minutos em frente ao
Café Eldorado. Deverson Lettieri, apesar de ter saído do DETRAN-DF,
mantém fortes ligações com o órgão, pois sua família é dona de algumas
clínicas credenciadas para a emissão de carteiras de habilitação de trânsito

A TRINCA
Na campanha eleitoral de 2010, Chico Vigilante contou com uma doação
de 25 mil reais provenientes da empresa ENGEBRÁS, controladora de pardais
em várias capitais brasileiras, inclusive no Distrito Federal. Lima Simões é um
velho conhecido de Chico Vigilante e do PT, uma sombra, que adora atuar
nos bastidores. No governo de Cristovam Buarque, teve uma passagem
relâmpago pela Administração de Taguatinga. Como o seu negócio era mesmo
trânsito, retornou ao DETRAN na gestão de Luis Riogi Miúra. Para quem não lembra,
foi durante o primeiro governo do PT (Cristovam) que surgiram os primeiros sistemas
 de monitoramento de velocidade de veículos, os chamados pardais.  Lima Simões,
a partir daí, se especializou tanto no assunto, que já se confundiu para quem devia
obediência, se para o DETRAN-DF ou para as empresas que prestam serviços para
 o órgão. Dias atrás, ele foi flagrado dirigindo um veículo da Perkons, outra empresa do
 setor vinculada ao DETRAN-DF.

ATAQUES
O deputado Chico Vigilante, quando instigado a esclarecer suas ligações com o
atual diretor-geral do DETRAN-DF, José Alves Bezerra, e José Lima Simões,
bem como a generosa doação feita pela ENGEBRÁS à sua campanha, preferiu
o ataque. Em nota, galhofou e ameaçou, chegando ao ponto de acionar o
secretário de Segurança Pública para que procedesse a uma investigação deste
 blog.  A conversa entre o deputado e o senhor Lima Simões é um segredo, que
 aos poucos vai se revelando e o quebra-cabeças dessa “engenharia de trafegar
por linhas tortas” está quase montado.

OUTRO CHICO
Já a trilha da doação, está se evidenciando bem ao estilo de Chico Buarque, com
sua música Flor da Idade: “...Carlos que amava Dora Que amava Rita que amava
Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Carlos amava Dora
 que amava Pedro que amava tanto que amava a filha que amava Carlos que amava
 Dora que amava toda a quadrilha..” A adaptação ao episódio “engebroso” fica por
conta do leitor ou eleitor.
Fonte: Brasília em OFF

ATÉ ELES NÃO AGUENTAM TANTO DESGOVERNO

Mais um petista fora

15:34:27

foto: Brasília em OFF
Jackson Figueiredo, petista de carteirinha, deixou a Assessoria Jurídica que chefiava na Secretaria de Desenvolvimento Social. É mais uma importante figura que deixa o governo do PT.  Jackson deve ter motivos de sobra para cair fora da Secretaria, hoje comandada pela petista Arlete Sampaio (foto). No governo de Cristovam Buaque, chegou a ser o diretor-executivo da antiga Fundação do Serviço Social. Como servidor de carreira da assistência social, o petista usou de seu profissionalismo para assessorar também a deputada Eliana Pedrosa, ex-secretária da pasta no governo passado.



Fonte: Brasília em OFF

É MUITA INCOMPETÊNCIA DESSE GOVERNO

A incompetente segurança pública do DF e a fatura salgada paga pelo cidadão

12:53:11

foto: Sandro Avelar e Agnelo Queiroz / google images
Em Brasília, tudo parece estar do lado do avesso. E isso não se resume apenas à bagunça que, tudo bem, já existia, mas que piorou consideravelmente nos últimos meses no Distrito Federal. Falo também da forma inversa com que os cidadãos têm de conviver diariamente na Segurança Pública, área que já rendeu a nossa cidade o título de uma das mais eficientes do mundo.

Em vez daquela tranquilidade que era conhecida, hoje os moradores do DF vivem sob o manto do medo. Famílias prendem-se em casas como forma de garantir a segurança, enquanto bandidos fazem farras, livres, pelas ruas das cidades. Policiais são assaltados em plena luz do dia, como ocorreu esta semana em Águas Claras. Chave da viatura, as armas e, claro, a moral dos agentes foram levadas pela criminalidade.

O governo tenta disfarçar, mas os índices de sequestros relâmpagos não param de subir. Para tentar reduzir os crimes e minimizar essa falta de comando, até aprovam-se leis. Mas que também são invertidas, como a que proíbe o uso de celulares em agências bancárias para evitar a tal “saidinha de banco”. Penalizam o cidadão de bem pela ausência total do Estado em garantir a segurança e a integridade física de quem paga, justamente para isso, os elevados impostos.

Tudo está confuso. De um lado, nova regra liberta presidiários sentenciados pela Justiça. Serão 344 soltos nas ruas ao longo do ano. De outro, aprovados em concurso público para a Política Militar imploram ao Buriti para que os convoque  numa tentativa de reforçar o quadro lamentável de policiais que dão plantão nas ruas.

Enquanto isso, o governador Agnelo Queiroz e o senhor secretário de Segurança, Sandro Avelar, criam factoides políticos levando a Polícia Federal para vasculhar bombas nas obras do Estádio Nacional de Brasília, que já é uma bomba por si só. Enfim, é triste ver o novo caminho que o Distrito Federal está seguindo. Bem que avisaram que seria um novo caminho,só que ninguém perguntou qual seria.



Fonte: Redação

segunda-feira, 4 de julho de 2011

ELES SE DIZEM REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES. ESSA É BOA

Sindicato expulsa
Agnelo, o médico
Greve na Saúde gera tensões cada vez maiores entre o Palácio
do Buriti e a categoria, que promete parar UTIs
O governador Agnelo Queiroz (PT) está comendo o pão que o Diabo amassou.
Historicamente ateu, até dizer o contrário quando foi provocado durante a
campanha eleitoral de 2010, ele acaba de ser expulso do SindSaúde,
onde era associado como médico. A alma dele está no limbo. Não serve nem
 para o Céu, nem para o Inferno.
A expulsão foi decidida nesta segunda-feira pela assembléia dos servidores da

 Saúde, que entram no oitavo dia de greve. Na mesma assembléia a categoria
 decidiu manter a paralisação por tempo indeterminado.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento

de Saúde, Agamenon Torres, uma comissão chegou a ser formada para dialogar
com governo do Distrito Federal, mas não foi recebida por nenhuma autoridade.
"Apenas disseram que o governo não recebe nenhuma categoria em greve. Se

depender da direção do sindicato, eles vão ter que nos derrotar na luta", enfatizou
Torres.
Outro ponto votado na assembleia foi a “radicalização” da greve. De acordo com o

sindicato, a partir de quinta-feira (7), caso o governo não apresente nenhuma
proposta, os servidores vão paralisar totalmente as emergências, lavanderias
e a Divisão de Documentação e Informática (DDI), que é responsável pela
marcação de consultas da rede.

ISSO ELES SABEM! POSSUEM PHD EM CAIXA DOIS

BRB banca Caixa Dois para 2014

12:10:27

Banco de Brasília aplica 1,2 bilhão de reais em instituições privadas repasses da Saúde com rendimento de 0.6%, mas mercado paga quase 1%; Caixa e BB não têm liquidez, diz dirigente

A oposição ao governador Agnelo Queiroz (PT), capitaneada por um pequeno mas aguerrido grupo, está investigando as aplicações financeiras dos recursos públicos depositados no Banco de Brasília. Suspeita-se que o BRB, por meio de uma série de manobras, esteja acumulando dinheiro de Caixa Dois para ser usado nas eleições de 2014.

As contas do BRB não são abertas. Edmilson Gama da Silva, presidente do banco, tem sobre sua mesa cópias de requerimentos de informações. Mas se nega a relatar as aplicações. Ele argumenta que se trata de sigilo bancário.

Acionada, a Justiça está prestes a se manifestar, mas há quem tema que o desembargador Dácio Vieira, amigo íntimo do governador Agnelo Queiroz, de quem recebeu favores especiais, negue uma virtual ação. O próprio Ministério Público Federal começa a voltar seus olhos para aquela instituição financeira.

As suspeitas envolvem uma operação triangular. Parte do dinheiro confiado ao BRB é repassado a uma corretora, que aplica em grandes bancos privados, com rendimentos de 0.6%. Ocorre que o mercado costuma remunerar aplicações em até 0.9%. A diferença de 0.3% fica com a corretora, dirigida por amigos do governo. É justamente a destinação dessa diferença que tem alimentado o Caixa 2 para o próximo pleito.

Um dos casos dessa operação triangular envolveria a verba repassada pelo Governo Federal para a Secretaria de Saúde. As suspeitas são de que cerca de 1,2 bilhão de reais foram aplicados com rendimento abaixo do mercado. Só nessa operação, o "lucro" corresponderia a mais de 3 milhões de reais por mês. Mas este é apenas um dos muitos exemplos, porque o BRB gira no mercado financeiro mais de 10 bilhões de reais por mês.

Um dirigente do Banco de Brasília, ouvido por este blog, admite as aplicações, mas assegura que quando o BRB procura uma instituição privada, é pela garantia da liquidez. Deu a entender que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que pagam quase 1%, não teriam a confiança necessária para operações desse tipo.



Fonte: José Seabra

GOVERNO DE PROPOSTAS, CUMPRIR QUE É BOM

GDF em atraso com categoria

17:37:19

O Sinpol/DF esclarece à população que, quase noventa dias após o fim da greve dos policiais civis, nenhum item das propostas ofertadas pelo GDF à categoria foi cumprido integralmente.  Caso o acordo não seja honrado, os policiais civis poderão retomar os movimentos de paralisação e greve por prazo indeterminado.

O   Distrito Federal merece Segurança Pública de qualidade.     

Governador, prometeu tem que cumprir!

Sinpol/DF – Policiais civis a serviço da comunidade.



Fonte: Sinpol/DF

domingo, 3 de julho de 2011

DIREÇÃO DA TERRACAP SÓ PENSA NO COMPLEXO ESPORTIVO E NO AUMENTO DOS PROCURADORES

DISTRITO FEDERALTerrenos avaliados em R$ 60 milhões foram arrematados por R$ 3 milhões
Da redação em 03/07/2011 09:16:31
Ana Maria Campos, Correio Braziliense

Por omissão, a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) deixou de faturar R$ 60 milhões com a venda de dois terrenos, dinheiro que poderia ser revertido em melhorias na infra-estrutura urbana ou aplicado na reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha, a mais recente aquisição da empresa do Governo do Distrito Federal. O prejuízo aos cofres públicos significa lucro fácil para a iniciativa privada. Foi o que ocorreu com uma operação que resultou na venda de dois lotes na L2 Sul, área nobre do Plano Piloto, para uma incorporadora por R$ 3.060.000, aproximadamente 5% do valor de mercado.

Os terrenos estavam, desde 1968, sob a responsabilidade de uma entidade com fins beneficentes, a Ação Social do Planalto. Ela os recebeu da Novacap, a administradora à época de áreas públicas desapropriadas na construção de Brasília, quando havia fartura para ocupações imobiliárias na nova capital. Mesmo assim, a doação dos dois lotes, que ocorreu como incentivo para iniciativas de caráter assistencial, teve a ressalva de que estes jamais poderiam ser vendidos, alugados ou emprestados, sob pena de revogação da transação. Devido a uma dívida, de valor irrisório diante do patrimônio em questão, a Justiça do Trabalho suspendeu a cláusula de inalienabilidade dos terrenos.

A Ação Social do Planalto acabou condenada a pagar
R$ 9.225,21 a Euridice Guilherme, a título de verbas salariais pendentes. A entidade não quitou a dívida e a 3ª Vara do Trabalho de Brasília abriu processo de execução que resultou na penhora do único bem à disposição da devedora, os dois terrenos localizados na 616 Sul, cada um com 7,5 mil metros quadrados. Para a Justiça do Trabalho, a prioridade é o pagamento dos débitos atrasados ao empregado que venceu a causa. Por isso, o bem foi levado a leilão. A Terracap, no entanto, não tomou providências judiciais para reaver um patrimônio que, ao perder a finalidade de abrigar a entidade social, pertenceria à empresa pública por direito.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu investigação para apurar o caso, por meio das Promotorias de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep). Em 10 de maio último, o MPDFT enviou ofício à Terracap requisitando informações sobre as providências tomadas para evitar ou reverter a operação. Desde a última sexta-feira, o Correio tenta obter da Terracap uma posição sobre a venda dos terrenos, mas a assessoria de comunicação da empresa não retornou à reportagem.

Centro clínico
A Linea/G Empreendimentos Imobiliários Ltda arrematou os dois terrenos em leilão, ocorrido em novembro de 2008, e os incorporou ao patrimônio da GP4 Empreendimentos Imobiliários, uma vez que a primeira empresa é a sócia majoritária da segunda. No local, a GP4 pretende construir um centro comercial denominado Linea Vitta Centro Clínico, empreendimento com três blocos, sendo dois com cinco pavimentos e um com seis. No total, serão colocadas à venda 347 unidades, entre salas e lojas. Com o metro quadrado avaliado em pelo menos R$ 5 mil naquela localidade, a incorporadora poderá ter um faturamento bruto estimado de R$ 86 milhões.

O MPDFT já se debruçou no assunto, por meio de uma das Promotorias de Fundações. A análise, no entanto, referiu-se ao eventual prejuízo à entidade social. Por considerar que o bem foi arrematado por preço vil, os promotores intermediaram um termo de ajustamento de conduta pelo qual a Ação Social do Planalto receberá uma parte do lucro obtido pela GP4 com a alienação dos imóveis do novo centro comercial. Pelo acordo, a Ação Social do Planalto receberá 27% da edificação a ser construída nos lotes onde funcionou a sede da entidade durante 40 anos. Terá condições, assim, de adquirir outro terreno e implantar uma nova área para trabalhar. Apenas a Terracap ficou no prejuízo.

Nos dois lados
Não se pode alegar que a Terracap esteve totalmente alheia à negociação envolvendo os dois terrenos sob a responsabilidade da Ação Social do Planalto, na 616 Sul. A empresa que arrematou em leilão os dois lotes de posse da entidade é defendida em causa no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) por um advogado que também representa a Terracap em demandas judiciais. Flavio Luiz Medeiros Simões tem procuração para atuar em benefício da Linea/G Empreendimentos Imobiliários Ltda em pelo menos um processo que tramita na 4ª Vara Cível de Brasília. Até o ano passado, ele era presidente da comissão de licitação da Terracap e advoga em favor da empresa pública em mais de 500 processos judiciais.

Não é a primeira vez que Simões atua para uma empresa que tem interesses comerciais em áreas que estiveram sob a gestão da Terracap. Ele também tem procuração para representar a empresa Asa Sul Empreendimentos Imobiliários, que comprou dois terrenos da Terracap, situados na W3 Sul e que estiveram inadimplentes durante meses no ano passado. O Correio tentou contato com o advogado por meio da assessoria de comunicação da Terracap, mas não obteve retorno. Na Linea/G, a informação é de que apenas o responsável pela empresa, Georges Hajjar Júnior, poderia responder pelos negócios empresariais. Mas ele não quis dar entrevista.

RELAÇÕES ESTRANHAS ENTRE JUDICIÁRIO/DF E AGNULO!

"Caríssimo amigo Agnelo"

10:02:46

ÉPOCA obteve uma carta na qual um desembargador pede emprego para a sobrinha ao governador de Brasília, Agnelo Queiroz. E ela foi nomeada


MURILO RAMOS

No dia 7 de fevereiro deste ano, o presidente em exercício do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, desembargador Dácio Vieira, enviou uma carta singela ao governador de Brasília, Agnelo Queiroz, que assumira o cargo no mês anterior. Em papel timbrado do Tribunal, o desembargador escreveu: “Caríssimo governador e amigo Agnelo, tomo a liberdade de encarecer junto a Vossa Excelência pedido já encaminhado, tratando-se de permanência de minha sobrinha Flávia Coelho, que já estava há mais de dois anos contratada como assessora na Defensoria Pública, órgão vinculado à Secretaria de Governo” (leia a íntegra da carta abaixo).

O desembargador Dácio precisou de apenas 21 linhas para produzir um pedido de nepotismo público por escrito e com emblema. Não é uma novidade histórica. Na carta em que relatou a Dom Manoel, rei de Portugal, o descobrimento do Brasil, Pero Vaz de Caminha embutiu o pedido de libertação de um genro que estava no cárcere. Mas imaginava-se que a modernização institucional do país, desde a Constituição de 1988, tivesse imposto constrangimentos a esse tipo de prática tão desabrida. O valor da carta decorre da absoluta simplicidade e franqueza do desembargador ao interceder em favor da família. Ao final da missiva, depois de fornecer as credenciais da sobrinha (“É formada em Direito”), ele acrescentou uma educada observação: “Estou à disposição para tomarmos o café ou chá”.

Não se sabe se Dácio e Agnelo encontraram-se para um café, mas a sobrinha do desembargador, que perdera o cargo na transição do governo em Brasília, foi readmitida menos de dois meses após a entrega da carta. E ainda ganhou aumento. Por meio de sua assessoria, o governador Agnelo afirmou que não recebeu a carta. O desembargador Dácio informou, por meio de seu advogado, que “não há ilegalidade no pedido”.

O desembargador Dácio, em julho de 2009, ficou famoso ao proibir o jornal O Estado de S.Paulo de publicar notícias sobre corrupção que envolviam o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney. Descobriu-se, em seguida, que Dácio era amigo de Sarney e de outros líderes do PMDB. A censura ao jornal permanece. Suas amizades, ao que parece, agora se estendem a outros partidos.
CAMARADAS
O desembargador Dácio Vieira (à esq.) tem muitos amigos em Brasília. Da direita para a esquerda, aparecem o senador Renan Calheiros, o deputado distrital Agaciel Maia e o senador José Sarney
Fonte: Revista Época

ONDE ELES ESTÃO ACONTECEM FATOS ESTRANHOS. NÃO É SÓ NO DF


01/07/2011 20:34
O trem-bala e o PT de Campinas
A investigação dos desvios na prefeitura da cidade descobre provas de caixa dois para campanhas e mostra os interesses do partido na maior obra do governo Dilma
Mariana Sanches e Ângela Pinho

Nós vamos que vamos”, disse, animada, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) ao prefeito de Campinas, Dr. Hélio (PDT), na noite do último dia 6 de abril. Marta ligou às 18h01 para a secretária particular de Dr. Hélio, Cinthia dos Reis Paranhos, cujos telefones estavam grampeados pelo Ministério Público Estadual. O MP de São Paulo investiga um esquema milionário de desvio de dinheiro público na administração de Dr. Hélio, prefeito de Campinas há dois mandatos. O diálogo entre a senadora e o prefeito (leia abaixo) foi capturado por acaso, já que Dr. Hélio não é alvo das investigações do MP. A animação de Marta se devia à aprovação iminente no Senado da medida provisória que criaria a estatal responsável pelo projeto do trem-bala e autorizaria o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a emprestar até R$ 20 bilhões para o projeto.
Fotos: Denny Cesare/Futura Press e Dida Sampaio/AE
O BOM COMPANHEIRO
O prefeito de Campinas, Dr. Hélio, ao ser empossado em 2009 para o segundo mandato. Ele entregou a área de transportes da prefeitura para o PT
Marta era a relatora da medida provisória. Sete dias depois da conversa telefônica entre os dois, a medida foi aprovada pelos senadores. O diálogo aparentemente corriqueiro entre uma senadora e um prefeito do Estado que ela representa revela com clareza o interesse do grupo político de Marta no PT de São Paulo (fazem também parte desse grupo o deputado federal Carlos Zarattini e os irmãos Ênio e Jilmar Tatto) em levar adiante a construção do polêmico Trem de Alta Velocidade (TAV). O trem-bala, cujo trajeto atual irá de São Paulo ao Rio de Janeiro, com parada em Campinas, é a obra mais cara do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O custo de sua construção está estimado em R$ 34,6 bilhões. A senadora Marta disse a ÉPOCA manter “uma relação cordial” com o Dr. Hélio e que a reunião pedida no telefonema se deveu à “vontade de provocar debate político e dar conhecimento à região sobre minha participação como relatora do projeto”. “O projeto não foi discutido em nenhum momento com o prefeito, os parlamentares e a sociedade civil do Estado, em razão do curto espaço de tempo para votação no Senado”, disse Marta.
Uma das peças-chave na articulação política de Marta em Campinas para viabilizar o trem-bala é o engenheiro-agrônomo Gerson Bittencourt, eleito deputado estadual em São Paulo pelo PT em 2010. As ligações de Bittencourt com o universo dos transportes são antigas. Ele começou a carreira política na União Nacional dos Estudantes (UNE) e na Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi presidente da SPTrans, a empresa municipal de transportes coletivos, e secretário de Transportes na gestão de Marta Su-plicy na prefeitura de São Paulo, entre 2001 e 2004. Bittencourt se autointitula o “pai do bilhete único”, o sistema de integração de passagens entre ônibus, trem e metrô adotado em São Paulo durante o governo de Marta, uma das principais bandeiras de sua gestão. Foi com a marca do bilhete único que Bittencourt acabou instalado, com o aval de Marta e do ex-ministro José Dirceu, na cadeira de secretário de Transportes de Campinas desde o primeiro mandato de Dr. Hélio, iniciado em 2005.
Agora, o nome de Bittencourt aparece relacionado à primeira prova obtida pelo Ministério Público de que um esquema de desvio de verba em Campinas alimentou o financiamento ilegal de campanhas. Na casa de Carlos Henrique Pinto, ex-secretário de Segurança Pública do governo de Dr. Hélio, os promotores apreenderam uma planilha, a que ÉPOCA teve acesso, em que estão descritas encomendas de material de campanha feitas à empresa Artes Brasil. A Artes Brasil é uma empresa de publicidade que faz adesivos e panfletos e tem, entre seus clientes, a Sanasa, a empresa de saneamento de Campinas (um foco de corrupção segundo as investigações), a prefeitura de Guarulhos e de Vinhedo, em São Paulo, e o governo federal.
A planilha apreendida pelo MP lista gastos sem nota fiscal no valor de R$ 330 mil
Didática, a tabela relaciona cerca de 20 nomes de candidatos a deputado estadual ou federal em São Paulo nas eleições de 2010 apoiados pela aliança de partidos comandada por Dr. Hélio em Campinas. Ao lado dos nomes há duas colunas com as inscrições “com NF” e “sem NF”, o que, segundo o MP, significa com nota fiscal e sem nota fiscal. O valor total dos gastos sem nota de campanha soma R$ 330 mil. De acordo com a planilha, Bittencourt gastou R$ 2.100 sem nota fiscal em sua campanha vitoriosa à Assembleia Legislativa de São Paulo. A Artes Brasil disse que não presta serviço sem nota fiscal e diz desconhecer a origem da planilha. Todos os contratos de publicidade da prefeitura de Campinas estão sob investigação do MP por suspeita de desvios.
   Reprodução
LISTADOS
O nome do deputado estadual Gerson Bittencourt (abaixo) aparece no documento. Thiago Ferrari, outro da relação, é vereador em Campinas e namorou a filha de Dr. Hélio

Ari Paleta/Futura Press
Com a citação de Bittencourt na planilha, essa é a segunda vez em que um quadro do PT aparece diretamente relacionado a irregularidades na administração campineira (o primeiro foi Demétrio Vilagra, vice-prefeito de Dr. Hélio). A aliança dos petistas com Dr. Hélio em Campinas foi consolidada no segundo turno das eleições municipais de 2004. A máquina montada pelo PT foi fundamental na captação de recursos que assegurou a vitória de Dr. Hélio. Na composição do governo municipal, a Secretaria de Transportes foi um prêmio a Bittencourt pelos serviços prestados pelo partido. Em 2002, ele foi uma espécie de “faz-tudo” de José Dirceu durante a campanha de Lula à Presidência da República. “A indicação do Bittencourt foi um arranjo negociado entre o diretório estadual do partido, a Marta, o Zé Dirceu e o Dr. Hélio, sem nossa participação”, diz um dirigente municipal do PT em Campinas, que afirma ter sido surpreendido com a nomeação.
Depois de sua transferência de São Paulo para Campinas, Bittencourt se ambientou rapidamente. Comandou reuniões para incluir no projeto do trem-bala uma parada em Campinas. Quando se licenciou do cargo de secretário de Tranportes, em março de 2010, para disputar uma vaga como deputado estadual, Bittencourt pediu a seu sucessor, Sérgio Torrecillas, para manter ingerência sobre os assuntos relacionados ao projeto do trem-bala. No comando da área de transportes de Campinas, além de cuidar do trem-bala, Bittencourt tratou de aumentar vertiginosamente a arrecadação de sua pasta. Entre 2005 e 2010, o número de multas por excesso de velocidade por radares eletrônicos em semáforos passou de 4 mil para 58 mil, um aumento de 1.400%. Os radares, instalados na gestão de Bittencourt, são operados por um consórcio, do qual faz parte a empresa Engebrás. O contrato com a Engebrás é investigado por uma CPI na Câmara de Vereadores de Campinas depois de uma denúncia em que um representante da empresa foi flagrado negociando propinas com uma prefeitura do Rio Grande do Sul. A CPI já descobriu que a Engebrás atuava em Campinas sem ter contrato.
A administração da área de transportes de Campinas por Bittencourt foi o foco de várias outras irregularidades. Ele foi condenado três vezes pelo Tribunal de Contas de São Paulo por problemas na contratação de serviços de uma empresa para a sinalização de ruas e avenidas. Funcionários da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) também acusaram Bittencourt de tê-los constrangido a distribuir material de sua campanha para deputado estadual em garagens de ônibus durante o expediente de trabalho. Em sua passagem pela prefeitura de São Paulo, Bittencourt já exibira métodos de trabalho igualmente questionáveis. Sob as ordens de Jilmar Tatto, então secretário de Transportes, recebeu a incumbência de disciplinar a relação da prefeitura com os empresários de ônibus, que haviam sido chamados pela então prefeita, Marta Suplicy, de “gângsteres”, em 2003. Bittencourt cumpriu a missão, mas foi acusado de ajudar a formar cartéis de ônibus na cidade. No ano passado, foi condenado pela 3a Vara da Fazenda Pública da capital por improbidade administrativa. O juiz entendeu que Bittencourt favoreceu uma empresa de ônibus em uma licitação enquanto ele era presidente da SPTrans em São Paulo e determinou a cassação de seus direitos políticos.
Bittencourt está recorrendo da decisão. Por e-mail, ele disse que é “uma das maiores autoridades em transporte reconhecidas no país”. Afirmou também que não participou de qualquer comissão do governo federal para estudos, licitação ou implantação do trem-bala. Reconheceu, no entanto, que o trem-bala foi uma das suas bandeiras de campanha à Assembleia Legislativa em 2010. Ele disse que as denúncias de uso da máquina pública para fazer campanha foram arquivadas pelo Ministério Público.
Uma testemunha da investigação feita pelo Ministério Público em Campinas afirma que parte do orçamento da pasta sob comando de Bittencourt tinha o mesmo destino que os milhões desviados da Sanasa. Segundo a testemunha, uma vez por mês, Dr. Hélio e seus secretários – Bittencourt, entre eles – se reuniam em um hotel de São Paulo com Armando Peralta. Peralta era um dos donos da NDEC, empresa de publicidade que, em 2004, foi usada para pagar os serviços do marqueteiro João Santana para a campanha de Dr. Hélio. (Uma conversa de Santana com Dr. Hélio também foi flagrada pelos grampos da investigação do Ministério Público. Nela, o prefeito faz gestões para que a presidente Dilma Rousseff visite um estande de uma empresa chinesa durante sua viagem à China.) A NDEC atuou também na campanha de Marta Suplicy à prefeitura de São Paulo em 2000 e é acusada de ter participado de fraudes em contratos com o governo de Zeca do PT em Mato Grosso do Sul, entre 1999 e 2007.
Segundo testemunha do MP, esquema em Campinas
teria saldado dívidas de quatro campanhas
Na campanha de Dr. Hélio, segundo relatos de um dirigente nacional do PT e de uma testemunha do Ministério Público, Peralta atuou como emissário de José Dirceu e do empresário José Carlos Bumlai, grande pecuarista e amigo próximo do ex-presidente Lula. A missão de Peralta era recolher o dinheiro que Bumlai e Dirceu conseguiam levantar junto a empresários para a campanha de Dr. Hélio. Terminada a eleição, Peralta, segundo a testemunha do MP, passou a gerenciar o recolhimento do dinheiro desviado de Campinas. O dinheiro teria sido usado para saldar dívidas de campanha contraídas pelo PT na campanha municipal de 2004 em quatro cidades: Campinas, Ribeirão Preto, Piracicaba e Curitiba. Dessas quatro cidades, o partido sagrou-se vitorioso apenas em Campinas, o que explicaria o volume de dinheiro desviado na cidade.
Peralta e Bumlai são investigados pelo Ministério Público. Mário Sérgio Duarte Garcia, advogado de Bumlai, afirma que “não há veracidade na versão do envolvimento de Bumlai” no caso de Campinas e que seu cliente já explicou tudo em depoimento ao Ministério Público. Diz ainda não saber se ele mantém relação com José Dirceu e que nunca ouviu falar em Peralta. O escândalo provocou tensão na cúpula nacional do PT. José Dirceu disse que não faz parte da investigação do MP, mas fez algumas reuniões em Campinas logo depois que o escândalo estourou. Lula defendeu publicamente Dr. Hélio: “Estou de saco cheio de ver companheiros serem acusados, terem a família destruída, e depois não ter prova (contra eles)”. A movimentação petista, o material apreendido e os depoimentos de testemunhas sugerem, porém, que os interesses do partido na administração de Campinas são antigos, consistentes e vão muito além dos limites do município.
reprodução/Revista Época


sábado, 2 de julho de 2011

CHICO VIGILANTE, ENGEBRÁS E DER

CASO ENGEBRÁS: GARÇON, TRAZ A CONTA, POR FAVOR…

por Donny Silva


Jornalista Edson Sombra postou em seu blog, ontem (30.06), extrato do Diário Ofical do DF, que anunciava a Ratificação de Dispensa de Licitação para a contratação de empresa prestadora de serviços para implantação da fiscalização eletrônica da velocidade por meio de equipamentos eletrônicos (tipo pardal) nas rodovias do DF. O contrato assinado pelo diretor do DER-DF, Fauzi Nacfur Júnior, foi celebrado com a ENGEBRÁS S/A Indústria, Comércio e Tecnologia de Informática, no valor de R$ 2.842.870,38 (dois milhões, oitocentos e quarenta e dois mil, oitocentos e setenta reais e trinta e oito centavos). A justificativa para a EMERGÊNCIA, segundo o DER-DF, se deu em razão da suspensão pelo TJDF de qualquer procedimento licitatório para novo contrato com empresas do setor.
Na semana passada, fomos surpreendidos pela contratação, também emergencial, da empresa QUEBEC Ambiental, pelo SLU, para a manutenção do Lixão da Estrutural no valor de R$ 7.082.880,00 (sete milhões, oitenta e dois mil reais, oitocentos e oitenta reais). A QUEBEC é uma empresa suspeita de irregularidades em outros contratos.
A ENGEBRÁS, igualmente suspeita de irregularidades país a fora, na campanha eleitoral de 2010, depositou na conta do deputado Chico Vigilante R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Esta doação nunca foi explicada pelo deputado petista. Ele simplesmente se esquiva de qualquer questionamento sobre o assunto. Prefere atacar e ameaçar os seus críticos.
belini.png
Panificadora Belini da 113 sul: cafezinho
Quando foi “importunado” por matérias do Jornal de Brasília, que o denunciavam de ter recebido 100 mil reais de uma empresa “fantasma”, a M Brasil, o deputado preferiu processar o JBr e o jornalista autor da matéria, Carlos Carone, bem como enviou expediente ao secretário de Secretário de Segurança Pública solicitando investigação policial ao blog Brasília em OFF, pois ele se sentiu incomodado com as críticas às suas promíscuas relações política-empresariais.

Histórica greve da Novacap em 1999: um morto
O motivo da bronca foi que o blog apontou possíveis ligações do deputado com a ENGEBRÁS, através de dois correligionários de campanha, que hoje ocupam importantes cargos no DETRAN. Trata-se de José Alves Bezerra, diretor-geral do órgão, e de José Lima Simões, diretor de Segurança de Trânsito. Ele não tem como negar essas relações políticas com os dois “agentes” de trânsito, muito menos negar as doações de recursos financeiros à sua campanha, realizadas pela empresas ENGEBRÁS e M Brasil. Ficou sem argumento e sem o seu conhecido sorriso maroto e sarcástico, que o caracteriza.
Mas qual seria a participação do deputado nesse novo contrato celebrado entre o DER-DF e a ENGEBRÁS? Aparetemente, nenhuma. Porém, a nova relação entre Chico e Tadeu Filippelli (PMDB), vice-governador, pode nos dar boas pistas para as “emergências” desse governo.

Fauzi Júnir – DER-DF
Chico Vigilante parece, que de fato, esqueceu de seus eloquentes discursos, do alto de um carro de som do SINDSER-DF, responsabilizando Filippelli pela morte do jardineiro da Novacap, José Ferreira da Silva, ocorrida em dezembro de 1999, quando em janeiro de 2011, numa tarde de domigo, foi visto sentado ao lado do mesmo Filippelli, tomando um delicioso café, na Panificadora Belini da 113 sul. O teor da conversa não foi possível decifrar, mas também não sejamos ingênuos em acreditar que ali discutiam assuntos novelísticos ou mesmo jogos de futebol. Certamente, discutiam política e GDF. Fauzi Nacfur Júnior (foto), diretor-geral do DER-DF é apadrinhado de Filippelli, impossível que faça algo sem antes consultá-lo. Chico Vigilante, líder da bancada do PT/PRB na Câmara Legislativa, tem livre trânsito com o governador Agnelo Queiroz, além de ter sido um dos engenheiros políticos que arquitetaram a união entre o PT e o PMDB para formarem a aliança vitoriosa nas eleições de 2010. Contratar emergencialmente uma empresa nunca foi empecílio para governo algum, no governo do Novo Caminho não seria diferente, mesmo que, repetidas vezes, Agnelo dissesse que iria acabar com esse descalabro. Mais uma promessa de campanha não cumprida.

Chico Viglante abençoa
a aliança PT/PMDB
Dar para imaginar que o PT de hoje não é mais aquele que vendia “brochinhos” e “bandeirinhas” nas ruas. Chico e seu partido estão em um novo caminho. Já se foi o tempo que ouvíamos seus brados discursos contra os malfeitores e a falta de ética na política. Definitivamente, não são mais o mesmo. A vigilância que imprimem agora, não é mais voltada para contratos emergenciais e suspeitos, mas tão somente contra os seus críticos.
FONTE: BRASÍLIA EM OFF